sexta-feira, 7 de novembro de 2008

A ORIGEM DO BUDISMO

A origem do Budismo
Budismo é o nome que se dá aos ensinos do Buda, que significa "O iluminado". A história do Budismo teve início há aproximadamente três mil anos com o nascimento de Sidarta Gautama, um príncipe de um pequeno clã chamado Sakya, localizado próximo à fronteira da Índia, ao sul de Nepal central. Gautama (melhor vaca), era o nome da família e seu primeiro nome era Sidarta (Desejo Satisfeito). Ele nasceu nas colinas que ficam ao sopé do Himalaia, como filho do Clã Sakya, Shuddhodana (Arroz Puro), e da Rainha Maya.
Sua mãe morreu pouco depois de seu nascimento e ele foi criado por sua tia, Mahaprajapati. Como príncipe, Sidarta vivia cercado de riquezas e regalias. Ainda jovem, casou-se com Yasodhara com quem teve um filho chamado Rahula. Mas, apesar de seu pai tentar protegê-lo, isolando-o do mundo, Sidarta possuía uma percepção aguçada e grande sensibilidade. Ele percebeu os problemas que afligiam as pessoas, independentemente de sua classe ou condição social.
Diz-se que Sidarta saiu do palácio em quatro ocasiões e, em cada uma delas, deparou-se com quatro tipos de situações as quais definiu como quatro sofrimentos da vida: o nascimento, a velhice, a doença e a morte. Ele percebeu que, por mais que tornasse um grande soberano, como seu pai e seu povo desejavam, jamais conseguiria libertá-los desses sofrimentos. Então, tomou uma decisão que mudaria o curso de sua vida para sempre. Apesar de seu pai tentar impedi-lo, Sidarta saiu do palácio, decidido a retornar somente quando encontrasse as respostas das questões que tanto o atormentavam.
Primeiramente, ele buscou as respostas com os maiores sábios do país, praticando todas as formas de austeridades da época em busca da iluminação. Sua determinação levou-o a superar cada um deles até que, quase à beira da morte, percebeu que essas práticas não o levariam ao caminho da iluminação. Após banhar-se em um rio, sentou-se sob a árvore bodhi e começou a meditar profundamente, determinado a alcançar o seu intento. Ele iniciou uma batalha interior, entre a maldade e o estado de Buda, até que finalmente iluminou-se para a verdade da vida, ou seja, conseguiu enxergar a vida como ela é, livre de ilusões.
Sidarta entendeu que a vida é eterna, que os seres humanos nascem e renascem continuamente, e que os sofrimentos pelos quais passam no presente é decorrente das más ações praticadas em existências anteriores. Ou seja, a felicidade ou infelicidade é construída pela própria pessoa. Ele concluiu que nada no mundo, nem mesmo a natureza, permanece imutável por um instante sequer.
Com essa nova percepção, ele começou a percorrer a Índia ensinando e conquistando inúmeros discípulos. Começou a ser conhecido como Sakyamuni, o sábio do clã Sakya, ou o Buda, o iluminado.
Sidarta expôs seus ensinos por meio de parábolas, de acordo com a capacidade de seus ouvintes. E, nos últimos oito anos de sua vida, expôs o Sutra de Lótus na qual ele revela conceitos como a eternidade da vida, a Lei Mística que permeia todos os fenômenos do Universo, e a revelação de que todos os seres humanos possuem inerentemente em sua vida a natureza de Buda.
Entretanto, como na época não era propícia e as pessoas não estavam preparadas para compreender o profundo significado para o qual ele havia despertado, Sakyamuni não o elucidou. Isso somente aconteceu no século XIII com o surgimento do Buda Nitiren Daishonin (1222-1283)

Para saber consulte: Fundamentos do Budismo, Editora Brasil Seikyo


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